Principais causas de acidentes

As principais causas de acidentes rodoviários são:

  • A condução com velocidade excessiva

                            A maioria das pessoa pensa que excesso de velocidade e velocidade excessiva são duas coisas diferentes.  E estão correctas. Velocidade excessiva não implica excesso de velocidade, mas excesso de velocidade implica velocidade excessiva.

                                   De acordo com o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 29/11/1989

          I - Os condutores devem regular a velocidade dos veículos de modo que, atendendo às características destes, às condições da via, à intensidade do tráfego e quaisquer outras circunstâncias especiais, não haja perigo para a segurança das pessoas.


             II - Considera-se excessiva a velocidade sempre que o condutor não possa fazer parar o veículo no espaço livre visível à sua frente ou exceda os limites de velocidade fixados nos termos legais.


III - A velocidade deve ser especialmente reduzida nas pontes e nos troços de via molhados ou que ofereçam precárias condições de aderência;

  • Os passageiros irem a interromper o condutor, o ir a falar ao telemóvel, a mandar mensagens ou até mesmo a sintonizar o rádio são causas que podem provocar distracções na condução;

 

  • O andar em contra mão é das maiores irresponsabilidades na condução e normalmente provoca sempre um grande acidente, mesmo que o entrar em contra mão seja involuntário;

 

  • O não dar sinais prejudica normalmente os condutores ou peões que vêm pela frente ou por trás do veículo;

 

  • Carros mal estacionados – por exemplo: carros mal estacionados perto de cruzamentos tiram a visibilidade do cruzamento a quem nele entra;

 

  • Ultrapassagens arriscadas

                                   A ultrapassagem é uma das manobras mais arriscadas.

                                   Não devemos ter pressa; devemos aguardar uma condição permitida e segura para fazer uma ultrapassagem.

                                   Onde há sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse.

                                   A sinalização é a representação da lei e foi implantada por pessoal técnico que já calculou que naquele bocado de estrada não é possível a ultrapassagem, porque há perigo de acidente.

                                   Nos trechos onde houver sinalização permitindo a ultrapassagem, ou onde não houver qualquer tipo de sinalização, só ultrapasse se a faixa do sentido contrário de fluxo estiver livre e, mesmo assim, só tome a decisão considerando a potência do seu veículo e a velocidade do veículo que vai à frente.

                                   Nas subidas só ultrapasse quando já estiver disponível a terceira faixa, destinada a veículos lentos. Não existindo esta faixa, siga as mesmas orientações anteriores, mas considere que a potência exigida do seu veículo vai ser maior que na pista plana.

                                   Para ultrapassar, accione o pisca para a esquerda, mude de faixa a uma distância segura do veículo à sua frente e só retorne à faixa normal de tráfego quando puder visualizar o veículo ultrapassado pelo retrovisor.

                                   Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito maiores. Para ultrapassar, tome cuidado adicional com a velocidade necessária para a ultrapassagem. Lembre-se que não pode exceder a velocidade máxima permitida naquele pedaço da via.

                                   Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Não dificulte a ultrapassagem, mantendo a velocidade do seu veículo ou até mesmo reduzindo-a ligeiramente.


  • Conduzir cansado e/ou com sono é um dos grandes perigos quando se conduz por exemplo nas auto-estradas e quando o destino está próximos, ou seja, a tendência é para arriscar/facilitar porque estamos quase a chegar e a estrada é já conhecida. O ideal é parar para descansar e/ou mesmo dormir um pouco;

 

  • Conduzir sob o efeito de álcool, drogas ou barbitúricos, é semelhante ao conduzir com sono/cansado, em que os reflexos não estão apurados, com o inconveniente de que estas substâncias provocam um estado às vezes hilariante que faz com que se arrisque nas ultrapassagens, na velocidade…;

 

  • A faixa etária  

 

 

 

Neste gráfico podemos ver a relação entre idade e acidentes rodoviários. Apesar de ser um gráfico do que ocorre na Alemanha, infelizmente é demonstrativo do que ocorre em quase todos os países. Como se pode verificar, a idade do condutor interfere na maior ou menor ocorrência de acidentes rodoviários. Por exemplo, entre os 15 e os 17 anos os condutores estão com carta há pouco tempo, sem experiência e na “fase da aventura” e de gostar de correr riscos, querendo, portanto, experimentar tudo, daí a percentagem de acidentes ser elevada; dos 75 anos para cima a incidência de acidentes é também muito elevado, porque normalmente os sentidos e a paciência já não estão tão apuradas, para além de que alguns condutores sofrem de doenças que limitam um pouco a condução, mas, como não o querem aceitar, não deixam de conduzir provocando assim muitos desastres.